
(22) Primeiro prazer
Aprender... Aprender, aquelas aulas estavam se tornando numa situação difícil, sentia-me atraída pelo professor, da cor de ébano e belo sorriso. Às vezes ele me irritava, ou me fascinava, não como uma mulher que seria um dia, naqueles dias era uma menina adolescente, atraía-me o olhar e a voz gutural...E com certeza a sua maneira séria e um tanto austero.Primeiramente, necessito narrar que eu era aluna muito travessa, inquieta e desafiante. E ali estava em carne e osso, o homem que me fazia roer as unhas e devanear todas as noites antes que meus olhos cerrassem até ao amanhecer quando saía a rua com a cara lavada, tranças feitas e na boca o doce gosto de café com leite, rumo à Academia do Ensino Médio. Ele fingindo uma antipatia por mim, da qual jamais acreditei me tornara sua sedutora, era minha fantasia, naquele instante. Não importava o julgamento dos colegas, o professor e eu éramos invisíveis; resolvi sutilmente me aproximar, rastejante, silenciosa, armar o bote, assim como dizem no linguajar do nordeste brasileiro, lembrei-me que Deus não dá asas à cobra. Assaltava-me a idéia de ser a Serpente do Paraíso, para a empreitada me sobrava tempo, poderia arriscar estava intuitivamente cuidadosa.
Costumava brincando com o lápis, e sem nenhuma timidez falar ao professor: - não sei resolver estas questões, necessito mais explicações sobre Mitose celular. Olhou-me com admiração e o fantástico sorriso daquela boca, que me fazia crescer a esperançosa ameaça do pecado que desejava há muito cometer. -Vá ao meu apartamento tenho um horário vago, ás 8 horas de sábado, mas não se atrase, aproveitarei e te darei o reforço das explicações complementares sobre Mitose Celular juntamente com outros quatro alunos. Sábado, pontualmente ás 8 horas da manhã, toquei a campainha. Nada de alunos. Teria talvez sido a primeira (aluna), ou melhor, seria se fosse à única... Entreguei-lhe o caderno, ele folheou sem ao me olhar. Não tinha importância, dali a pouco o meu perfume e o calor da pele, fariam ele despertar para o desejo que transbordava dos meus poros... Já nem me lembro mais - apenas sei que não foi preciso palavras... Abraçou-me, eu sorri. Sabia que meu plano estava dando certo, sua boca era extremamente sensível a minha, e com muito carinho em movimentos suaves foi introduzindo sua língua, meus dedos involuntariamente tateando seu sexo que percebo intumescido, fecho os olhos, estava hipnotizada pela promessa de viajar no túnel do prazer, ele implora insistentemente, invadir a calcinha que abriga a vulva já úmida, ele quer mais, mas teme me ferir, eu insisto, o encorajo a devorar minha carne. Ele Geme, gosta, quase goza, meu corpo já corpo de mulher, se enfurece, se oferece, os lábios dele mordisca minhas entranhas, entro em pleno Nirvana. Obrigada professor pelo primeiro orgasmo.
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Um comentário:
Fatinha, foi bom rever fotos e reler textos do seu blog. Há tempo que eu não lia os seus textos cassandrianos. Matei as saudades. Beijos
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