(19) Cama EnluaradaMeu corpo arde - sobre o efeito de um desejo. É a solidão na cama enluarada a me castigar. Todos os movimentos tornam-se vagarosamente de luxúria. Acaricio-me com uma felina preguiça, brinco com meu sexo -... A rosa abre-se ao contato dos meus dedos entre os lábios da vulva, e com a outra mão sobre o seio do lado do coração, sigo desenhando círculos no bico intumescido...
Vontade imensa de gritar para o silêncio da madrugada que cobre a cidade: Olá!... estou viva e que quero amar.
E...Assim sigo nesse ritual, solitária, mexendo...Mexendo..., Rebolando na cadência invisível da Sinfonia de Mozart. Num tesão quase escaldante de querer teu cheiro, teu suco e gosto na minha boca, te devorar lentamente, num canibalismo mútuo, enlouquecer-te pouco a pouco, numa forma estranha de possuir-te sem que tu existas e sem que aqui estejas - vivo-as todas as sensações como se o passado ainda fosse real neste presente, cavalgado-te e beijo-te a boca... Até a explosão de um líquido salgado do sexo intumescido (... e tão acariciado), escorre indolente pelas coxas macias.
...

Um comentário:
Olá, fiquei curioso em saber a autoria do poema, sabe dizer quem escreveu?
obrigado
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