quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008


(8) Olá Senhora Solidão.

Que bom perceber que você está tão interessada em mim, mesmo que pareça estranho, tenho a impressão de te conhecer a décadas e percebo-a pertinho de mim, dizendo tudo que apenas vejo escrito, como se “Drummond” prevendo nosso encontro eternizou nos seus magníficos versos “sinto-a aconchegada, tão apegada em meus braços...”
És de fato, para mim, uma ausência assimilada e com certeza ninguém te roubará de mim?
Adoro quando mandas um cheiro e percebo o quanto és carinhosa, e senti um “sentir gostoso” quando pela primeira vez pronunciastes meu nome...
O que houve? Seu superego (esse nosso guardião social) estava adormecido? Ou será que estamos relaxando?Digo, nos dando a conhecer?
Anseio pelos momentos junto a ti...
Mas falando em conhecer, você quer uma radiografia de mim, e eu te confesso que ainda estou me acostumando com a idéia.
Posso pensar um pouco? Há questões difíceis de serem respondidas. Tenho te procurado muito em toda a cidade, mas não tenho sido bem sucedido. O que houve?Estais se escondendo de mim? Olho tantas vezes para aquele número de telefone, e me falta à coragem de discá-lo, um temor me assalta, talvez seja receio de destruir essa magia misteriosa que existe entre nós.
Gostaria de te dizer uma porção de coisas minhas, super pessoais, mas não acho coragem, tenho medo, não sei exatamente de que...
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