segunda-feira, 31 de março de 2008

(27) Secreto Senhor Desejo

(27) Secreto Senhor Desejo


"... Musa, desejo-te, não dá para desistir de ter você em toda a tua feminina

plenitude -- é desejo imenso... Que você também sente.
Há um estranho e incontrolável magnetismo entre nós, uma química perfeita,

é agradável estar contigo, tocar tua pele, beijar tua boca, sentir o tesão que

vem pela tua respiração, pelos teus poros e mirar a doçura dos teus olhos.
Apenas em pensar em ti, me excito...Agora neste momento, estou assim!

Como esquecer a textura dos teus seios..., Seus contornos delicados?...

Gostaria de dar-te mil beijos obscenos por todo teu corpo perfumado,

para que esse desejo insano fosse acalmado.
Achas que és o outono em minha vida?- Imenso engano. Saibas que eu e o

tempo, temos um acordo- esse quase senhor de nossa existência. Desafiando-o,

quando reservo alguns minutos para pensar em Ti - minha Musa. Sinto-a

tão sozinha, perdida, vazia? Vazia de vida, de sensações, de sexo, apesar

de que já te senti mulher e saciada.
Provoca em mim uma grande inspiração e mesmo que tenha prometido o

silêncio, não me contive e clamo do mais alto dos montes uivantes, o quanto

te amo, e te defenderei até o meu último suspiro...
Tudo que escreves é belíssima poesia, jamais li algo mais encantador, apesar

do meu esforço de fugir dos meus sentimentos, para não te fazer sofrer e sofrer

junto com você, não consigo anular tua presença em meu cotidiano.
Outra noite, linda de luar, sentado na varanda de minha casa, fiquei a meditar.

Relacionei nosso encontro, ao trabalho de um lavrador que joga uma semente,

e vê tudo florescer em uma bela árvore frondosa, onde outros usufruirão a

sombra e dos frutos daquela árvore.
Nunca saberão ao certo, quem de fato é o Senhor Desejo...
Deixemos que esse personagem fique em paz, na dureza de seu trabalho e

na alegria de seus sonhos... ".

(... Começou... Não como um caso de amor, mas como uma atração mútua,

identidade de idéias, desejos, ousadia, erotismo, uma vontade interativa, que

nos levou a sentir tesão, certeza de que o outro sempre será uma pessoa da

qual receberemos cumplicidade sincera, apesar da incerteza..., Continuará

Você a desejar?... Toques, sentir, caricias de uma forma erótica, mas também

poética...?).

(26) Tempo de Paixão


(26) Tempo de Paixão

Foi real - desejo e excitação naqueles dias. Foi assim àqueles tempos,

vivera como uma loba em dias de cio, nada a demovia daquele caminhar.

Maravilhoso como se entregava àquela paixão. Uma magnífica harmonia

de pele sob pele, nem importava que estivesse vestida e arrumada.

Senhor Desejo a puxava para si, e então, iniciava um ritual obsceno,

beijos trocados, Sra. Solidão se esfregava nele, abrindo-lhe a fivela do

cinto e indo provar logo daquele monumento, ele deitando-a de bruços,

e deslizando sua boca e língua pelos mamilos já eretos...Os seios, os

lindos seios.Ela queria engoli-lo todo, Ele puxava-lhe o vestido por

cima da cabeça, colocava–lhe um travesseiro nas costas, montava-a

suavemente. Sim, era sempre uma hora magnífica o momento da

penetração, um arfar de respiração sem controle, ela o trancava

com as pernas, quase começando a gozar, e como já estivessem

acostumados - ele se enfiava nela até a raiz, fazendo com que ela

ficasse quase gemendo, quase num choro histérico, ele como se não

se importasse, aumentava as estocadas ...Fundas e parava dentro

dela, Senhora Solidão ficava sentindo-o latejar e molhá-la por dentro...
O amava de todos os jeitos e maneiras. Saudades daquele tempo

de paixão.
...

(25) Sonhar erótico


(25) Sonhar erótico...

Ontem, pensei em você mais uma vez. Não entendo isso.

Lembro de sua boca, do seu corpo, seu rosto, seus olhos e

sinto aquele leve arrepio na espinha que me fazem ansiar

seu corpo.Faz-me querer viver tantas fantasias ao seu lado.
...

segunda-feira, 24 de março de 2008

(24) Assim é o Amor dele


(24) Assim é o Amor dele

“... È assim que ele me ama, fingindo não saber onde começo, onde termino, então quando se aproxima... Procura, cheira, morde, suspira e abre todos os meus poros, me dá todo o suor, me oferece todos os perfumes, procura apenas o que existe, a minha alma é extenuada e as palavras que ele me diz é algo inexaurível, inimagináveis, inconcebíveis, inesgotáveis. Aproxima-se..., e se cala o meu mundo por dentro me coloca fora da órbita e tudo fica fluido... e tudo fica absolutamente submetido à sua paz, não há nada de explicável, me perco em belíssimas estultas... Em eternos vergeis”.

...



Especial..?


(22) Especial...?
Senhor Desejo:"...Há horas que nenhuma palavra tu diriges a mim. Se não me desejas ou queres que eu não te dirija a palavra - pq não me deletas de teu mundo? Assim FICARIA mais fácil eu te esquecer... Eu acreditava - como acredito em Deus - que eu era especial para TI--- como tu eras para mim. E se num momento na vida - muito raro, te disse que te amava - foi verdadeiro, mais intensamente verdadeiro seria impossível. Sabes que esperei- ralei, esperei que um dia pudesse realizar meu sonho? - De ouvir você me dizendo que me amava também. Que compartilhava comigo esse sentimento, com gosto de pecado de proibido. ..De repente, desmonora tudo...Você era meu companheiro amado, acredite, não costumo mentir, e nem há razão para esse fato, mesmo que na virtualidade. Eu acreditei ter sido eu a escolhida -para vivermos uma paixão, uma amizade especial. Eu compartilhei contigo - meus segredos, meus desejos e meus sonhos. Também, minhas limitações e minhas angústias... Jamais me passou pela cabeça - que você estivesse construindo um perfil de uma mulher angustiada. Não senhor desejo (...) é engano teu. Não sou essa neurótica ou angustiada mulher (...) (como você me chamou) OU uma personagem das minhas escritas. Se você achou que eu deva ser igualzinha... (será?) ás inúmeras figuras que eu construo em meus textos, você realmente nunca acreditou em minha febre, em minha paixão por descrever o meu imaginário. Meu cotidiano de escritora nasce da busca do verdadeiro afeto - do achamento e do compartilhar no dia a dia -. Procuro expor na maioria das vezes o universo do Eu interior de outras pessoas que não sabem descrever em textos,... e meu querido,... Parte de tudo que lestes, em todos esses dias são uma tentativa desesperada de relatar a fragilidade, a sensualidade e as emoções de quem ama, de quem tem fantasias e desejos difíceis de realizar - mas que ali sempre estarão, teimosamente. Lembra-te que escrever poética é uma forma de libertar as amarras que escondem os mais íntimos sentimentos que uma pessoa possa sentir por outra. Molho meu rosto - neste momento com a mais pura água. Numa tentativa de aliviar a dor da tristeza que sinto. Para que meu espírito agüente tanta ausência presente.

Primeiro Prazer



(22) Primeiro prazer


Aprender... Aprender, aquelas aulas estavam se tornando numa situação difícil, sentia-me atraída pelo professor, da cor de ébano e belo sorriso. Às vezes ele me irritava, ou me fascinava, não como uma mulher que seria um dia, naqueles dias era uma menina adolescente, atraía-me o olhar e a voz gutural...E com certeza a sua maneira séria e um tanto austero.Primeiramente, necessito narrar que eu era aluna muito travessa, inquieta e desafiante. E ali estava em carne e osso, o homem que me fazia roer as unhas e devanear todas as noites antes que meus olhos cerrassem até ao amanhecer quando saía a rua com a cara lavada, tranças feitas e na boca o doce gosto de café com leite, rumo à Academia do Ensino Médio. Ele fingindo uma antipatia por mim, da qual jamais acreditei me tornara sua sedutora, era minha fantasia, naquele instante. Não importava o julgamento dos colegas, o professor e eu éramos invisíveis; resolvi sutilmente me aproximar, rastejante, silenciosa, armar o bote, assim como dizem no linguajar do nordeste brasileiro, lembrei-me que Deus não dá asas à cobra. Assaltava-me a idéia de ser a Serpente do Paraíso, para a empreitada me sobrava tempo, poderia arriscar estava intuitivamente cuidadosa.
Costumava brincando com o lápis, e sem nenhuma timidez falar ao professor: - não sei resolver estas questões, necessito mais explicações sobre Mitose celular. Olhou-me com admiração e o fantástico sorriso daquela boca, que me fazia crescer a esperançosa ameaça do pecado que desejava há muito cometer. -Vá ao meu apartamento tenho um horário vago, ás 8 horas de sábado, mas não se atrase, aproveitarei e te darei o reforço das explicações complementares sobre Mitose Celular juntamente com outros quatro alunos. Sábado, pontualmente ás 8 horas da manhã, toquei a campainha. Nada de alunos. Teria talvez sido a primeira (aluna), ou melhor, seria se fosse à única... Entreguei-lhe o caderno, ele folheou sem ao me olhar. Não tinha importância, dali a pouco o meu perfume e o calor da pele, fariam ele despertar para o desejo que transbordava dos meus poros... Já nem me lembro mais - apenas sei que não foi preciso palavras... Abraçou-me, eu sorri. Sabia que meu plano estava dando certo, sua boca era extremamente sensível a minha, e com muito carinho em movimentos suaves foi introduzindo sua língua, meus dedos involuntariamente tateando seu sexo que percebo intumescido, fecho os olhos, estava hipnotizada pela promessa de viajar no túnel do prazer, ele implora insistentemente, invadir a calcinha que abriga a vulva já úmida, ele quer mais, mas teme me ferir, eu insisto, o encorajo a devorar minha carne. Ele Geme, gosta, quase goza, meu corpo já corpo de mulher, se enfurece, se oferece, os lábios dele mordisca minhas entranhas, entro em pleno Nirvana. Obrigada professor pelo primeiro orgasmo.

...

(20) Infinitamente desejo


(20) Infinitamente desejo
Acordei com frio, acaricio lentamente meu corpo, são quase duas horas da madrugada... Vem a saudade e a frustração. do íntimo do peito, esqueço de ficar triste... sempre será assim? ...Serei tristeza? E desejo. E desejo. Infinitamente desejo de Ti... Desejo de fugir contigo... Tesão de ver-te gemer de Prazer... Fazer amor contigo por horas seguidas... Sinto as carnes trêmulas e úmidas de desejo, tão belo e maravilhoso, mas a selvagem sabedoria me emprenhou, e fui jogada então em montes solitários. Hei de retroceder... Não serei mais côncavo do teu convexo, ai meu amor... Minhas medidas são tão pequenas para as tuas... Não há espaço para esta mulher na tua vida. Fecho a porta. A noite é fria n'alma, algo está errado, meu corpo arde, o coração gela...O sexo continua faminto. Ao longe a canção: “Não, eu não posso mais ficar aqui... a beira da estrada... a esperar... que um dia você volte para mim...” Desço as mãos... O telefone está perto, mas não sei o número. Escuro. Sinistro Silencioso. Sinto falta das palavras sensuais. Sofro. Resolvo que não quero sentir saudades. Eu me amo. Não consigo ver Teu rosto... Parece que escondes... E estou sozinha... Absolutamente sozinha... Mais uma semana... Resolvo não suportar. Necessito dividir meu corpo, minha vida, meus sonhos, tocar a pele, sugar a erótica de um homem que me segue em meus caminhos... Desperdício! O Tempo se escoa entre meus pêlos... Depois do sexo, vais sempre embora, deixando-me abandonada. Tenho fome de somar.

...

Cama enluarada

(19) Cama Enluarada

Meu corpo arde - sobre o efeito de um desejo. É a solidão na cama enluarada a me castigar. Todos os movimentos tornam-se vagarosamente de luxúria. Acaricio-me com uma felina preguiça, brinco com meu sexo -... A rosa abre-se ao contato dos meus dedos entre os lábios da vulva, e com a outra mão sobre o seio do lado do coração, sigo desenhando círculos no bico intumescido...
Vontade imensa de gritar para o silêncio da madrugada que cobre a cidade: Olá!... estou viva e que quero amar.
E...Assim sigo nesse ritual, solitária, mexendo...Mexendo..., Rebolando na cadência invisível da Sinfonia de Mozart. Num tesão quase escaldante de querer teu cheiro, teu suco e gosto na minha boca, te devorar lentamente, num canibalismo mútuo, enlouquecer-te pouco a pouco, numa forma estranha de possuir-te sem que tu existas e sem que aqui estejas - vivo-as todas as sensações como se o passado ainda fosse real neste presente, cavalgado-te e beijo-te a boca... Até a explosão de um líquido salgado do sexo intumescido (... e tão acariciado), escorre indolente pelas coxas macias.
...

(18)A Fera e a Presa




(18) A Fera e a Presa
O corpo branco sobre a cama redonda, refletida no espelho do teto... Despertou-me do langor... Quem foi o deus que me levou para ali?A tua voz me dizendo ao ouvido...Champagne?Trouxe-me à tona... Nós estávamos ali... Logo, fora real... a tua mão descendo pelas minhas coxas, impregnou-se do meu cheiro de maresia... Vi quando a levaste á boca chupando os dedos e bebendo do champagne...Nossos encontros proibidos...
Nossa ânsia desenfreada, nosso prazer mútuo!Corpos em festa. Suados depois da dança de Lobos. Há quanto tempo já estávamos ali, nós que nem sempre dispúnhamos de tantas horas paralelamente...
Corridas. Com o meu gosto em tua boca... Senti o teu beijo.
O teu corpo sobre o meu... As minhas mãos sobre o teu corpo, as
tuas mãos em meu corpo. Os teus dedos, a tua língua, o teu sexo...
Onde os escondi? (rindo...). As minhas mãos seguem o mapa da mina...
Onde o tesouro? Segundo as lendas, sempre em algum poço secreto.
O teu corpo em movimento sorrateiro faz com que as minhas mãos
percam a trilha desbravada... Trilha selvagem. Sinto a tua mordida
no meu peito... Qual lobo faminto, tu me sorves... Eu te alimento e
nutro... Agiganto-te e tu me possuis... Selvagem selvageria... Minha
entranha em brasa recebe a tua lança em fogo... Ritual satânico...
Bacanal divino.
Eu gemo. Tu uivas... Fera e presa... Onde nos misturamos?
Se minhas mãos reencontram a trilha perdida... Onde o tesouro...

A rota do poço?Os dedos em dança orgástica encontram o segredo...
Tu me mordes... O macho recusa... O prazer implora... Eu te possuo...
Eu triunfo... Tu exultas. Mas... A sapiência do meu corpo te permite
o triunfo... Eu prefiro exultar e... Docilmente... Deixo-me ser penetrada
pelo ferro em brasa no meu mais recôndito segredo... Tu triunfas, eu
vibro e gemo e grito e quero que me possua com mais audácia... Com
mais ousadia… da tua lava quente eu escorro em rio... Sucumbimos um
ao outro?Atingimos o limite das águas... Agonia e êxtase?Gozo. Orgasmo.
Sexo faminto...

segunda-feira, 3 de março de 2008

(17) Amante


(17) Amante

Urgente, ardente, elementar e luminoso... O zíper deslizou devagar pelas costas e ela sentiu o roçar dos dedos deles em cada centímetro de sua pele, o hálito dele, quente e úmido, fechou os olhos, enquanto ele começou a beijar seus seios... Estremeceu. Os olhos cor de mel fitando os olhos cor de céu dele, nervosismo e desejo. -Não há pressa, temos todo o tempo do mundo. Sentiu os joelhos dobrarem-se quando ele passou a beijar os mamilos, sugando-os levemente a princípio, depois com maior intensidade. A pressão dos lábios dele em seu seio provocou-lhe umas ondas deliciosas, fazendo-a pressionar as coxas, numa inútil tentativa de aliviar a súbita dor que a atingiu entre as pernas. Ela foi quente, receptiva, e era toda dele, em ardor e paixão. E acariciou cada centímetro do centro de mulher, úmida, que parecia arder em fogo, movendo as mãos com gestos experientes, encontrou os sedosos pêlos e deslizou o dedo para dentro dela, sem parar de friccionar o túrgido pontinho na extremidade de seu sexo, observando-a respirar mais rápido, quase a perder os sentidos... ... Percebeu que estava apaixonada por ele, e nem importava se o conhecera há pouco tempo... Não adiantara imaginar até aquele ponto de seu viver, que a paixão vinha através de um longo e delicioso processo de conhecer alguém, descobrir suas vontades, seus desejos e afinidades, e acima de tudo seus sonhos, como se tudo fosse visto através de uma objetiva... Tudo muito suave e delicado. Jamais imaginara que iria encontrar dali daquele instante... , Quando num impacto de luz e cores, ele lhe beijara pela primeira vez, o agudo desejo que percorrera todo o seu corpo... ...Ouviu-se gemendo, suplicando a ele, recebeu-o arqueando os quadris, ele penetrou-a, sentindo seu sangue ferver, encontro-a quente e úmida, e após uma breve resistência, o abrigo aveludado aceitou aquela invasão do membro contraindo os músculos da grutinha faminta e uma onda de puro prazer a invadiu ao sentir-se preenchida, puro prazer feminino, como se o poder de se sentir desejada, uma emoção primária do que era capaz para fazê-lo estremecer de gozo. Começou a mover os quadris, aceitando-o, recebendo-o, querendo mais... Mais, ele movendo-se dentro dela, impulsionando-a com mais força para frente e para trás, o ritmo aumentando à medida que o prazer crescia dentre dele, dentro dela... Gemidos, ele agarrou-a pelos cabelos, ao vê-la pender a cabeça para trás, uma tensão insuportável a crescer cada vez mais, uma urgência... Ela ouviu-o gemer alto, um som rouco e uma cascata de seu prazer a invadi-la.
...

(16) Nossa história


(16) Nossa história

Nossa história tão ínfima e única, tão preciosa - de ardente paixão e calmaria após olhos atravessados de prazer. Não te posso esquecer se sempre me vem na pele o arrepio do toque teu - na alma nasce um tesão incontrolavelmente desmesurado de te ter dentro de mim...
"Eles são tão felizes, o encaixe perfeito do côncavo e do convexo" - diriam alguns que conhecessem o que aconteceu conosco num feliz lapso do tempo terreno.
Sinto-te - e sei que tu também tens paixão acesa e que és meu amado e que nosso conto não é apenas um "caso" no ocaso de nossa vida.
És e serás infinito - como a brisa que bate no rosto no caminhar diário a beira mar.
À noite quando me deito - imagino num sussurro de olhos fechados os encontros, os enganos, e a saudade que sinto de ti. Vejo-te dormindo no meu silêncio da penumbra do quarto de quatro paredes. É como se tu fosses uma sombra da minha, um homem cansado de tanta lida - de tanta luta. Eu te amo assim em meus lençóis todas as noites, mesmo que não me vejas. Acarinho-te em pensamentos e com o desejo latente na pele que um dia provastes.

Apaguei as luzes e precisei confessar o que ia no meu íntimo às águas azuis do mar que ali mefitava em sua eterna mudez: -Num tempo não muito distante, o queimor de solescaldante que ardia entre minhas pernas, levou-mea deitar sobre um sexo avolumado, faminto, agoniado pelo desejo de ser tragado pela gruta úmida protegida por coxas macias - que sempre iniciavam um galope louco por aquele corpo de homem lobo.
O depois - era uma pausa como numa sinfonia de Mozart, nos olhos dele brilhava um riso dourado e nos lábios a vontade que tínhamos de conversar tantas coisas, no entanto apagávamos as vozes e os cílios para adormecer alados... Pecador!...O teu silêncio é tão terrivelmente gélido... Espero respostas, não consigo me controlar, poderia também permanecer na estática da vida, segurando o desejo. Tenho receio do perigo e da ameaça que é se estar apaixonada, tantos sonhos... Sonhamos.

Tão fera ferida sempre fora... E, no entanto, apesar da experiência de muitos cotidianos desastrosos vividos, deixei-me seduzir... Abri para a paixãodesmedida, avassaladora... Ele, pele e coração de lobo, uma energia que transbordava através dos poros - algo fascinantee adoravelmente sedutor. Renunciei á minha segurançapétrea e me entreguei à luxúria. Deixou-me tão depressa - logo após ele ter me transformado em papier mâché. ---, Guarda oceano em tuas águas abissais - você que é meu confidente, tudo que te falo, em confissão, neste momento de tristeza.

(15) Nudez Erótica


(15) Nudez erótica

Senhor Desejo - sussurros ao ouvido. É como uma canção espalhada pelo vento. Beijos na boca de carmim, provocando tesão.Línguas lambendo-se. Corpos apertando-se. Certeza de sexos excitados. Loucura que balança corpos sedentos de amor e prazer. Roupas jogadas ao léu e seios com mamilos intumescidos. Sexo quase estourando o tecido da calça. Membro nu e teso, latejando quente encostando-se, esfregando-se na pele macia de mil pelinhos, murmúrios em súplicas que se perdem no espaço do quarto:- "vem me penetra, me preenche, sou tua Loba, não me faça esperar tanto. Assim - sinto-te profundamente nas entranhas matas minha sede de tua carne”. Vai e vem e no meio os gritos, gemidos. O sonho não deixava sentir direito. Foi um sonho que não foi sonho - foi realidade com jeito de sonho; detalhes de sempre, registrados na pele, com enlevo de fogo cálido que só uma grande paixão marca duas pessoas que mesmo distantes uma da outra - ainda resistem. Amor-paixão assim ainda existe?

...

A Poetisa e o desejo


(14) A Poetisa e o Desejo

Mulher Tigresa -, cujo desejo se transforma em beijos, cama e cumplicidade. Fêmea silenciosa, de andar felino. Olhar ardente, lábios úmidos, código de insaciável apetite sensual, que tem origem em fonte misteriosa de energia erótica incomum. A Poetisa se confunde com a Tigresa - flui ao mundo exterior através de lindos poemas - sensibilidade à flor da pele. Exala dos confins de suas entranhas doce o aroma de tesão. Cada palavra escrita ou sussurrada toca a alma, despejando de desejo crescente o cotidiano - e assim segue tecendo uma rede de fantasias.
A Poetisa e seu desejo -, na quase repousante escuridão dos sonhos não compreendidos, o mundo, o mundo físico não se materializa, onde as rosas são sempre rubras e viçosas. Os toques dos beijos e a ânsia do tesão da carícia na pele nua - se transformam em fantasias perfumadas nos lençóis. Oferendas no ritual do amor. Sabonete e água deslizando suavemente por cada célula - não há pressa. Urge prolongar o prazer. É gosto de sorvete de cupuaçu nas línguas famintas - lingerie preta foi retirada, quase insuportável o fogo ardente entre as coxas carnudas.Foge. Vai até a varanda do arranha-céu e ali fica a transar com a luz das estrelas, ao som da melodia da brisa da madrugada.
...